Pular para o conteúdo

Depois que o sol se for

maio 28, 2014

 

Um rumor de bichos livres que procuram abrigo

calma escuridão

Um galope cego, entre sons noturnos, brenha, uma visão

Se acaso o rumo se perder, solte-se à amplidão

do espaço além da razão e o que mais lhe deter

deixe o tempo derreter (e fugir de suas mãos)

 

A natureza em fúria varre paisagens, certezas,

do espanto fez-se amor!

A tempestade nubla os sentidos, desenha margens, êxtase e pavor.

Nada sei sobre o amanhã, o que é perene e o que não…

Se a beleza fenecer depois que o sol se for,

jamais terá sido em vão.

 

Transmutar-se em canções, cheiros, calor,

Trazer em si restos de estrelas,

marcas vitais.

 

Se o futuro é incerto, não há mais pressa,

descansa a cabeça até esquecer

O que há de vir não importa, o destino prega peças sem querer

Não vale a pena padecer antes da dor chegar

Cada um carregará a sua própria luz

Quando o céu escurecer (estaremos nus)

Imagem

 

No comments yet

Deixe um comentário